Autora: Vanessa Benfatti
Holly foge de casa na noite do Natal. Seu peito está apertado e ela precisa se afastar do que está lhe fazendo mal. Fugindo do passado, da sua vida, de suas dores, ela pega sua bolsa e entra em um trem atrás da pessoa que magoou. Em uma reviravolta, ela encontra Maverick, um músico que a atrai imediatamente.
Maverick é um violinista que toca em lugares públicos nas horas vagas, e na noite de Natal encontra o olhar de Holly no meio da estação de trem, se sentindo encantado com a garota de ar rebelde. Enquanto tentam lidar com questões do passado e do presente dos dois, Maverick e Holly se conectam em apenas uma noite, mas precisam tomar decisões que influenciam seu futuro.
Eu peguei emprestado esse livro pelo Kindle Unlimited, e achei que um romance fofo seria algo perfeito para me distrair nesse momento de tensão atual. Tenho algumas coisas a pontuar aqui. O e-book precisa de uma revisão, pois há vários erros ortográficos no texto.
Uma coisa que me incomodou é que Holly tem 17 anos. Em um momento do texto, Maverick pergunta se ela é menor de idade e ela afirma que tem 17, mas é emancipada legalmente. Ele tem 22 e para ele já está ok, mas isso não a torna uma maior de 18 anos automaticamente. Não vi motivo de fazer a personagem ser menor de idade, uma vez que isso não influência em mais nada ao longo do livro. Acredito que temos que parar de romantizar relações entre pessoas menores e maiores de idade.
Holly é uma personagem muito inconstante. Uma hora age como uma menina de 12 anos, fazendo birra e sendo extremamente mimada e mal educada com outros personagens, e outra hora age de maneira mais adulta. Várias situações que acontecem com ela são um alerta vermelho - conhecer um cara e passar a noite com ele em uma cidade desconhecida, fugir de casa no meio da noite, etc.
A atitude dos adultos perto dela é bem bizarra. Em alguns momentos são extremamente permissivos, em outros assumem uma postura de cobrança dela como se a mesma fosse criança. Em várias situações eu me peguei pensando em como poderiam estar permitindo certas coisas sendo que a personagem é tão nova.
Por mais que eu goste de romances, a influência que eles tem na formação da visão romântica de meninas é enorme, e acredito que é preciso mais cuidado na hora de não romantizar comportamentos problemáticos, principalmente em uma era onde é tão fácil entrar em contato com um desconhecido. A trama do livro é um pouco absurda e várias coisas não são amarradas também. A resolução de vários problemas é jogada e finalizada como um passe de mágica.
Foi uma leitura rápida e tranquila, e gostei da diagramação da capa. E você, já leu? Deixe nos comentários.
Boa leitura!
Boa leitura!