"When you're five and you hurt, you make a big noise unto the world. At ten you whimper. But by the time you make fifteen you begin to eat the poisoned apples that grow on your own inner tree of pain. It's the Western Way of Enlightenment. You begin to cram your fists into your mouth to stifle the screams. You bleed on the inside."
Autor: Richard Bachman / Stephen King
Rage foi escrito por Richard Bachman, um pseudônimo usado por Stephen King para publicar algumas obras, e é um livro pequeno de duzentas e poucas páginas. Como estou fazendo uma leitura de todas as obras em ordem de publicação do autor e o desafio do Skoob esse mês era de uma obra citada em outro livro, resolvi lê-lo. Antes de qualquer coisa, gostaria de dizer que é um livro com linguagem forte e violenta e que só pode ser encontrado em sebos e outros sites que vendam livros de segunda mão, uma vez que o autor proíbe sua reedição.
Nele encontramos Charlie Decker, um adolescente com um histórico violento na escola, que um dia mata dois professores e prende a turma toda na sala de aula com ameaça de uma arma. Ninguém sabe o que ele quer, aonde quer chegar com isso, ou se tem um objetivo. Enquanto os pais, funcionários e policiais tentam lidar com a situação, é na sala de aula que Charlie fala sobre o que o levou até aquele momento e desafia os colegas a mostrar quem são.
" "I really mustn't Charlie. I can't take the responsibility for-"
"Responsibility?" I screamed. "My God, you've been taking the responsibility ever since they let you loose from college! Now you want to cop out the first time your bare ass is showing! But I'm in the driver's seat, and by God you'll pull the cart! Or I'll do just what I said. Do you dig it? Do you understand me?" "
Eu não tinha nenhuma expectativa para esse livro, não pesquisei sobre ele antes e só sabia o tema bem superficialmente, então me surpreendi ao sentir estrutura na narrativa. A impressão que tenho ao terminar a leitura é de ler o sentimento raiva. O livro é puro sentimento, violento e exposto para quem quiser ler. Os personagens estão desgovernados, as experiências são chocantes e a situação toda é surreal.
Terminei com um sentimento de vazio, de que algo estava faltando ali, mas ao mesmo tempo não faltava nada, difícil de explicar. Provavelmente vou acabar relendo em algum momento. Há várias cenas e passagens fortíssimas, mas eu senti falta de algo para amarrar a história toda.
"And then a funny thing happened to me... except, when I think about it, it wasn't funny at all. There must be a line in all of us, a very clear one, just like the line tat divides the light side of a planet from the dark. I think they call that line the terminator. That's a very good word for it. Because at one moment I was freaking out, and at the next I was as cool as a cucumber."
Como falei acima, não é possível encontrar uma edição nova desse livro, então consegui um volume em inglês, quando viajei para os EUA em 2015 (capa abaixo). De maneira geral eu gostei do livro, mas não sei se posso recomendar ou se valeria a pena a procura de um volume, a não ser que você seja muito fã do autor e queira ler todo o trabalho dele, como estou fazendo.
Boa leitura!
Ps: Esse livro faz parte do Desafio Literário Diminuindo a Pilha 2017, do mês de maio, no tema Livros citados em outros livros. Esse livro foi citado em On Writing, de Stephen King.