A Passagem

"Antes de se tornar a Garota de Lugar Nenhum - Aquela que Surgiu, A Primeira, Última e Única, a que viveu mil anos - ela era apenas uma menininha de Iowa chamada Amy. Amy Harper Bellafonte."


Autor: Justin Cronin
Editora Arqueiro

   Um experimento secreto mantido pelo exército dos Estados Unidos manipula um vírus misterioso achado numa expedição, e utiliza prisioneiros do corredor da morte como cobaias. Alguma coisa dá errada e as criaturas fogem, deixando um rastro de destruição e infecção. Esses seres são super fortes, com hipersensibilidade à luz e uma pequena fraqueza: uma área próxima ao esterno que ao ser atingida, causa sua morte. 

   Cem anos depois, o mundo está devastado e praticamente toda a população dos EUA foi morta, com aproximadamente uma em cada 10 pessoas transformada em virais. Algumas pessoas conseguem sobreviver na Colônia, uma fortificação cercada por um alto muro e holofotes que ficam acesos por toda a noite, afastando as criaturas. Entretanto, problemas começam a acontecer quando as baterias dão indício de que não vão mais funcionar e coisas estranhas acontecem com os habitantes. 

   Não há comunicação com o exterior, e não se sabe a situação no resto do país, quanto mais no mundo. A chegada de uma adolescente misteriosa traz diferentes reações na Colônia, acendendo a esperança de algumas pessoas, que partem junto a ela em busca de mais sobreviventes e a verdade sobre o que aconteceu à todos.

   Conheci esse livro por indicação do Gabriel do Cabine Literária, e acabei demorando para ler, mas adorei a leitura! O livro é gigante, mas não dá para desanimar. Além da história ele traz também algumas páginas de um relatório que aguça a curiosidade e não deixa falhas ao explicar o que aconteceu. Os personagens são bem construídos e apaixonantes, nos fazendo torcer para que consigam o que almejam. 

    Passei grande parte do livro em agonia, nervosa por alguma cena com um personagem querido, para saber o que vai acontecer. A paisagem geral do livro é bem deprimente. Você vive num mundo com criaturas que matam rapidamente, sem saber se há mais alguém vivo ou se há esperança de que aquelas criaturas um dia morram naturalmente e dependendo de baterias que estão falhando. Mas Amy consegue trazer uma luz. Uma adolescente vivendo sozinha com os virais a solta? Como poderia? E conseguimos ver que a esperança nasce de coisas pequenas.

    Já comprei o segundo livro, mas o primeiro terminou com um gancho muito bom, e como o terceiro ainda não foi lançado, resolvi esperar para ler. Estou muito animada para terminar a trilogia, espero que gostem!

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